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    Identidade social e estereótipos sociais de grupos em conflito : um estudo numa organização universitária

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    Em psicologia social, o conceito de identidade social tem sido bastante utilizado na descrição e análise do comportamento intergrupal, nomeadamente dos comportamentos de discriminação entre grupos sociais. Neste artigo apresentamos uma metodologia de avaliação da identidade social, já testada por outros autores (e.g., Monteiro, Lima e Vala, 1991), e pretendemos verificar a existência de uma relação entre identidade social, a criação de estereótipos e os comportamentos de discriminação intergrupal. A investigação que apresentamos analisa as representações e comportamentos de dois grupos em conflito numa organização universitária. Vamos verificar, para cada grupo: a) se a descrição do seu grupo (auto-descrição) contem características mais positivas do que a descrição do outro grupo (hetero-descrição); b) se uma identidade social elevada conduz à acentuação da discriminação intergrupal, isto é, se os estereótipos e os comportamentos de diferenciação se tornam mais extremos

    A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL E PROFISSIONAL ATRAVÉS DA AÇÃO DAS REDES DE SOCIABILIDADE LABORAL

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    Este artigo faz um reflexão sobre a construção social das identidades no individuo. Inicia com uma abordagem ao conceito de identidade pesssoal, culminando com a dinâmica de estruturação da identidade profissional, recorrendo a autores contemporâneos. Numa segunda etapa da reflexão, são estabelecidos pontos de contacto sobre o papel das redes de socibilidade e as funções do capital social na estruturação das identidades. Por último, e recorrendo à centralidade do trabalho nas sociedades desenvolvidas, discute-se a ação do trabalho na construção da identidade pessoal e profissional dos individuos, a partir do conhecimento etongráfico do autor

    Identidade e Pertença: para além das Dimensões Materiais do Sofrimento Social

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    Um olhar antropológico sobre as relações sociais em dois microcosmos etnográficos – um bairro e um centro de saúde – revela as limitações de encarar a pobreza material como o único critério para compreender os processos de sofrimento social. De forma a explorar como o sofrimento social pode ser vivenciado através das identificações e das pertenças, a identidade étnica e a identidade profissional são examinadas como exemplos da identidade social em geral. A relação dialética entre a identidade social e a identidade pessoal demonstra como o poder não está depositado nas pessoas, mas depende das suas relações sociais. Dado que o exercício de poder não pode ser garantido pelo simples estatuto de uma determinada categoria social, urge procurar vivências e subjetividades nas fissuras das categorias, distinguindo entre uma categoria de prática e uma categoria de análise, de forma a alargar o horizonte sobre a natureza dos processos de sofrimento social.An anthropological view of social relations in the microcosms of a neighbourhood and a health centre reveals the limitations of using material poverty as the sole criterion for understanding processes of social suffering. In order to explore the ways in which social suffering may be experienced through identifications and belonging, ethnic and professional identity are both examined as examples of social identity. The dialectic relationship between social and personal identity shows how power is not deposited in people, but rather depends upon their social relations. Since the exercise of power is not guaranteed by the mere status of a given social category, we need to focus on the experiences and subjectivities to be found in the cracks between categories, always on guard to distinguish between categories of practice and categories of analysis, in order to widen our horizons regarding the nature of processes of social suffering

    Valores pessoais e identidade em adultos emergentes : qual o papel do social connectedness?

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    Orientação: Ana de Nazaré PriosteOs valores pessoais e o social connectedness têm sido apontadas como variáveis influentes no desenvolvimento da identidade. Com recurso a um desenho quantitativo transversal e a uma amostra de 275 adultos emergentes, o presente estudo pretende analisar, em adultos emergentes portugueses: a relação entre os valores pessoais, os dois ciclos de desenvolvimento da identidade (formação e avaliação do compromisso) e o social connectedness; se os valores pessoais são preditores dos ciclos de desenvolvimento da identidade; o papel mediador do social connectedness na relação entre os valores pessoais e os ciclos de desenvolvimento da identidade. Os resultados dos modelos de equações estruturais mostram que: os valores pessoais predizem os ciclos de desenvolvimento da identidade; o social connectedness é mediador da relação entre os valores pessoais e os ciclos de desenvolvimento da identidade. Os resultados sugerem que a adesão a valores pessoais individualistas e coletivistas contribua para a formação e avaliação dos compromissos, preservando o sentido de ligação com o mundo social e favoreçam a formação e a avaliação de compromissos. Para além disso, o sentimento de proximidade interpessoal pode funcionar como um mecanismo de confirmação em relação aos valores pessoais a que os adultos emergentes aderem, contribuindo para o desenvolvimento da sua identidade. Este estudo tem implicações para a literatura relacionada com os valores pessoais e o desenvolvimento identitário nos adultos emergentes.Personal values and social connectedness have been pointed out as influent variables in identity development. By means of a transversal quantitative design and a sample of 275 emerging adults, the present study tries to analyse, in portuguese emerging adults: the relation between personal values, the two cicles of identity development (formation and evaluation of commitment) and the social connectedness; if personal values foretell the cicles of the identity development; the mediatory role of the social connectedness in the relation between personal values and the two cicles of the identity development. The results of the patterns of structural equations show that: personal values foretell the cicles of identity development; the social connectedness mediates in the relation between personal values and the cicles of identity development. The results suggest that the enrolment with individualistic and collectivist personal values contributes to the formation and evaluation of commitments, securing the feeling of binding with the social world, and helps the formation and evaluation of commitments. Furthermore, the feeling of interpersonal kinship can act as a device for confirmation in what concerns personal values to which the emerging adults adhere, helping the development of their identity. This work is engaged with the bibliography related with personal values and identity development in emerging adults

    Organizações sociais e agroecologia: construção de identidades e transformações sociais.

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    No presente trabalho, procuramos discutir as transformações ocorridas no espaço da agricultura familiar pós-Revolução Verde, especialmente a partir do movimento contestatório engendrado por organizações sociais que defendem o ideário agroecológico. Inicialmente, procurou-se compreender como a identidade a e realidade social são construídas e reconstruídas socialmente. Utilizou-se uma abordagem fenomenológica para investigar como se dá a ruptura com a realidade convencional e a transição para a agroecologia. Com base nas evidências empíricas, é possível dizer que a agroecologia participa da ressignificação positiva da identidade social dos agricultores. Entretanto, o reconhecimento da nova identidade passa pelo questionamento da realidade dominante a partir de crises vividas pelos agricultores. Sua manutenção requer partilhá-la intersubjetivamente com um grupo ou organização

    Contested Meanings: Audience Studies and the Concept of Cultural Identity

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    O objetivo do ensaio é duplo: primeiro, por meio de uma exposição literária, André Jansson tenta definir o significado de identidade cultural. Como o conceito deve ser definido teoricamente? E como ele deve ser diferenciado do conceito geral de identidade e de tipos mais específicos (e frequentemente usados de forma irresponsável), como identidade coletiva ou identidade social? Em segundo lugar, ele faz uma análise de como o conceito de identidade cultural está relacionado ao uso da mídia. Qual é a aparência da interação? E como o conceito de identidade cultural deve ser abordado nos estudos de audiência?The aim of the essay is twofold: First, through a literary exposé, André Jansson tries to come to terms with the meaning of cultural identity. How shall the concept be theoretically defined? And how shall it be distinguished from the general concept of identity, and from more particular (and often very recklessly used) types, such as collective identity or social identity? Second, he makes an analysis of how the concept of cultural identity is related to media use. What does the interaction look like? And how shall the concept of cultural identity be approached within audience studies

    Formação, profissionalização e identidade dos mediadores sociais

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    O trabalho que se apresenta inscreve-se num ensaio crítico e reflexivo sobre o que é ser mediador/a social. Parte-se da formulação do que é a mediação, dos seus princípios e da revisão de literatura sobre o perfil e a identidade profissional dos mediadores. Salienta-se a relevância da formação e profissionalização na construção da identidade profissional dos mediadores sociais, relevando-se saberes e competências fundamentais identificadas a partir da revisão de literatura e de várias pesquisas empíricas realizadas nos últimos 5 anos. As várias pesquisas realizadas tiveram como objetivos principais identificar e analisar práticas de mediação, a perceção dos mediadores sobre as suas práticas e a sua identidade profissional bem como construir dispositivos de formação inicial e contínua dos mediadores sociais. Sendo uma condição de afirmação e reconhecimento profissional, essencial para a consolidação dos mediadores enquanto grupo socioprofissional, a identidade profissional é dinâmica e constrói-se nos processos de ação e interação com os outros. Neste processo estão presentes várias categorias, nomeadamente: a formação e profissionalização (saberes, competências, desenvolvimento profissional); os princípios e deontologia profissional; a afirmação identitária e o reconhecimento profissional. Os resultados dos vários estudos conferem aos mediadores uma auto perceção muito positiva do seu trabalho e satisfação com o mesmo, pese embora o frágil reconhecimento social. Relevam a importância da formação inicial e contínua e do compromisso coletivo na construção de uma identidade comum, importante para a sua afirmação profissional e reconhecimento social. Sublinha-se também que a demarcação dos diversos âmbitos de intervenção dos mediadores não deve corresponder à fragmentação dos profissionais, sendo fundamental consolidar uma identidade profissional comum a partir dos fundamentos e princípios teóricos e éticos da mediação

    Identidade e memória social : estudos comparativos em Portugal e em Timor-Leste

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    Nesta comunicação apresentamos os resultados preliminares de uma investigação empírica sobre identidade social e percepções da história, cujos dados foram recolhidos através de inquérito por questionário em dois países: Portugal e Timor-Leste. Esta investigação foi realizada no âmbito de um projecto internacional sobre identidade e memória social, tendo como objectivo analisar as representações da história construídas pelos jovens dos diversos países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nesta comunicação examinamos as representações de jovens portugueses e de jovens timorenses sobre a história da humanidade, em geral, e sobre a história nacional dos respectivos países, em particular. Investigamos as representações hegemónicas e polémicas, o papel da identidade social e as emoções associadas às personalidades e aos acontecimentos considerados mais marcantes na história da humanidade e nas respectivas histórias nacionais. Na discussão dos resultados reflectimos sobre o impacto do processo de globalização, por um lado, e o impacto da “lusofonia”, enquanto “zona cultural e linguística”, por outro

    Intervenção individualizada na Trissomia 21 e identidade social no grupo escolar : Estudo de Caso

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    Este trabalho, intitulado de Intervenção individualizada na Trissomia 21 e identidade social no grupo escolar, assume-se como um projeto de investigação com uma metodologia de estudo de caso. Insere-se na unidade curricular de Seminário Projeto – área Problemas Cognitivos e Motores do Curso de Pós-graduação em Educação Especial da Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Ao estudar um grupo social escolar (turma), procuram compreender-se as noções de identidade social e de pertença que contribuem para os processos e relações interpessoais e grupais das crianças com Trissomia 21 e dos seus pares. A pertinência deste interesse investigativo é fundamentada nas necessidades verificadas no Agrupamento de Escolas do autor, face às recentes políticas avaliativas, das quais se destacam os fatores de Diferenciação de apoios educativos e das medidas específicas de integração dos alunos com Necessidades Educativas Especiais. Assim, quanto à organização e estrutura, este trabalho fundamenta-se, numa primeira parte de enquadramento teórico, com um primeiro capítulo sobre a Trissomia 21: conceptualização, síntese histórica, epidemiologia e etiologia, rastreio pré-natal e diagnóstico, genética e tipos, sinais invariáveis e caraterísticas, desenvolvimento e intervenção e princípios educacionais. O segundo capítulo do enquadramento teórico remete para o tema da identidade social: Teoria, categorização social continuum interpessoal-intergrupal, diferenciação intergrupal, mobilidade social e mudança social e a articulação da identidade social e o grupo escolar. A segunda parte do trabalho é a componente empírica do estudo de caso subdividida em: enquadramento da metodologia (onde se destaca o desenho inicial da investigação), problema e objetivos da investigação, construção da amostra, metodologias, anamnese (resumo) e percurso escolar, caraterização da realidade pedagógica, procedimentos e resultados. Nas considerações finais, encontram-se as limitações e/ou obstáculos à investigação e as propostas ou desafios do profissional que, com este projeto, culmina o curso supracitado e principia novas responsabilidades educativas

    Educação Intercultural e metamorfoses identitárias : uma visão antropológica do processo educativo

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    Comunicação apresentada no III Congresso de Professores nos Países de Língua e Expressão Portuguesas, Cidade da Praia, Cabo Verde, 1999.Falar de educação implica pensar na construção/reconstrução das identidades. Das identidades dos alunos e das identidades dos professores. A aprendizagem nunca se faz no vazio. O conhecimento novo integra-se (ou não) na matriz cultural dos indivíduos. O aluno é uma Pessoa, tem uma identidade pessoal, uma identidade social e uma identidade cultural. O puto não é tábua rasa, existe e pensa, sente e age de acordo com o seu background cultural. Aprender significa partir em relação à tradição, ao conhecimento e experiências já feitas. Portanto, um processo de aprendizagem leva a alterações da identidade pessoal. Implica partir para um novo todo, uma nova dimensão (...
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